Na capital paulista, uma pessoa presa em flagrante deve ser levada, em até 24 horas, a uma audiência de custódia, em que o juiz decidirá se ela deve permanecer presa ou se terá direito à liberdade provisória. Uma das justificativas centrais para a implementação dessas audiências foi a necessidade de apuração da violência policial no momento da prisão.
A partir de uma pesquisa etnográfica que acompanhou 692 pessoas, este livro propõe uma reflexão sobre as percepções morais dos profissionais do sistema de justiça criminal a respeito de possíveis maus tratos policiais. A autora busca mostrar a ideia sobre como se constrói o conceito de uma vítima de violência policial, para o Poder Judiciário paulista.
Afinal, o que define uma vítima?
Autora: Ana Luíza Villela de Viana Bandeira